Duas mulheres, de 40 e 42 anos, e um homem, de 33 anos, foram presos em uma operação da Polícia Civil, suspeitos de estelionato e associação criminosa em João Pessoa. De acordo com o delegado Walter Brandão, da Delegacia de Crimes contra o Patrimônio da capital, o trio simulava a venda de passagens aéreas e utilizava os dados dos cartões de crédito e dos documentos das vítimas para realizar compras pela internet. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (22).
O delegado explica que as investigações começaram há cerca de uma semana, após a polícia receber várias denúncias de pessoas que tinham comprado as passagens e não receberam os bilhetes. Os três suspeitos foram presos na madrugada do domingo (19), nos bairros de Manaíra, Mangabeira e Bessa, na capital, e as diligências da operação se encerraram na segunda-feira (21). “O trio não atuava apenas em João Pessoa. Há denúncias que apontam a atuação deles em outros estados e o prejuízo estimado para as vítimas é de cerca de R$ 500 mil”, explicou Walter.
Durante a operação, a polícia apreendeu computadores, tablets e celulares em que constavam informações que, segundo o delegado, podem ser usadas como provas do crime. Walter explica que os suspeitos confessaram a ação. “Uma mulher que se identifica como Zilda seria a pessoa que coordenava a ação criminosa”, disse.
O trio agia através de duas agências de turismo de fachada que tinham sido abertas pelos suspeitos, uma delas funcionando em João Pessoa. “As vítimas procuravam as agências para comprar passagens a preços baratos. Eles convenciam as pessoas a passar as informações dos cartões de crédito e dos documentos. De posse destes dados, os suspeitos realizavam compras pela internet e faziam um depósito para outra conta no valor referente ao da passagem que havia sido comprada. As vítimas então só percebiam que haviam sido enganadas quando não recebiam os bilhetes da compra”, detalhou o delegado.
Walter Brandão comenta ainda que dezenas de vítimas já realizaram o reconhecimento dos suspeitos, e um grupo foi criado em uma rede social onde as vítimas se reúnem para repassar informações sobre o golpe. “Estas informações foram utilizadas pela polícia na investigação”, explicou.
As duas mulheres vão ser encaminhadas para a Penitenciária Feminina Júlia Maranhão e o homem para a Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecida com o Presídio do Róger, os dois em João Pessoa. O trio foi indiciado por estelionato e associação criminosa.
Fonte: portaldolitoralpb