Campanha foi lançada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Santa Rita em assembleia geral na sede instituição.
Os servidores da Educação de Santa Rita, na Grande João Pessoa, em greve desde o dia 27 de abril, iniciaram nesta segunda-feira (15) a campanha ‘Adote um Servidor e Salve uma Família’. A campanha foi lançada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Santa Rita (Sinfesa) em assembleia geral na sede instituição.
Os servidores reclamam que o salário do mês de maio estaria atrasado e por isso eles não teriam recursos para despesas básicas. Segundo nota divulgada pelo sindicato, “os professores municipais grevistas tiveram seus salários de maio bloqueados pelo prefeito Reginaldo Pereira”. O sindicato alega que a greve é legítima, pois não foi decretada ilegalidade pela justiça e que o corte nos salário foi uma “forma de repressão aos profissionais do magistério”.
Ainda de acordo com o sindicato, equipes e postos serão organizados para a arrecadação de alimentos para as famílias dos educadores “que têm no salário que recebem em Santa Rita sua única fonte de renda e que já começam a passar por privações em seus lares”.
“Os professores de Santa Rita estão passando fome, estão passando por séria privações por conta do corte dos seus salários de fora arbitrária. O prefeito cortou nosso salário sem que a greve fosse ilegal. Então agora nós vamos arrecadar alimentos até que a justiça se pronuncie”, explicou Leda Moura, uma das diretoras do Sinfesa.
A professora do ensino fundamental do município afirmou que não está passando fome porque recebe ajuda de parentes. “Faz 27 anos que eu sou professora e nunca vi uma situação triste igual a essa. Esse é o único recurso que tem na minha casa, não tenho outro para recorrer. Só não estou ainda passando fome, porque as minhas sobrinhas estão me ajudando”, disse.
Os professores reivindicam que a Prefeitura de Santa Rita repasse o reajuste concedido pelo governo federal de 13,1% para o magistério através do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), além de mais o aumento de 8,8% nos seus salários.
A Prefeitura alega que duas propostas já foram feitas aos professores, mas elas foram negadas. De acordo com o secretário de Comunicação Municipal, Carlinhos do Adesivo, uma nova proposta deve ser feita aos servidores essa semana, mas ele apelou para que os profissionais voltem a dar aulas.
“A Prefeitura já fez duas propostas e elas foram negadas, uma de 4% e uma de 7% programada. Tentamos o diálogo novamente com o sindicato, só que a Prefeitura pede pelo bom senso de que se volte para a sala de aula para não prejudicar os alunos. Uma comissão vai discutir esse reajuste. Os próprios professores são testemunhas que o mês trabalhado era pago dentro do próprio mês trabalhado, então não existia salário atrasado em Santa Rita, e sim, uma discussão pelo reajuste”, disse.
Portal Correio