O sonho do Flamengo de ter um estádio próprio pode estar mais próximo do que supõe sua apaixonada torcida. Em reunião com o governador Luiz Fernando Pezão, nesta terça-feira, no Palácio Guanabara, o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Melo, obteve apoio do estado para erguer na Gávea, “ou mesmo em outro local”, o que ele chama de “um estádio-butique”.
O projeto rubro-negro foi antecipado por Ancelmo Gois em sua coluna do GLOBO desta quarta-feira. O estádio, destinado a jogos de pequeno e médio portes, teria capacidade, a princípio, para cerca de 20 mil pessoas, segundo Bandeira de Melo. A ideia é que fique pronto já para o início do ano que vem, quando o Maracanã e o Engenhão devem fechar para se adaptarem para os Jogos do Rio, em agosto.
Na conversa com Pezão, o exemplo usado por Bandeira de Melo foi o de arquibancadas provisórias montadas pelo próprio Flamengo no estádio da Portuguesa, na Ilha do Governador, em 2005, para seus jogos de médio e pequeno portes naquele ano. A estrutura, na época, permitiu que o rubro-negro fizesse ali, naquele ano, partidas para público de até 18 mil pessoas.
Outra possibilidade, mais ousada, é a da construção do estádio de pequeno ou médio portes, na Gávea ou em outra área. Nessa hipótese, segundo o dirigente, a conclusão não poderia ser imediata, pois o projeto depende de estudos de impacto ambiental e de diversas liberações em várias instâncias dos governos estadual, municipal e o federal (até o Iphan, que é da União, por exemplo, precisaria dar o O.K.).
— Até pode ser imediatamente, para suprir as faltas do Maracanã e do Engenhão no ano que vem. Mas, aí, teria de ser provisório — disse o presidente rubro-negro. — Se a solução for uma estrutura provisória, faremos. Teríamos condições de fazer rápido, usando o mesmo tipo de estrutura provisória usada no estádio do Corinthians para a Copa do Mundo (arquibancadas montadas sobre estruturas tubulares não são mais permitidas).