Em entrevista a um grupo de acadêmicos em Psicologia, falei sobre as descobertas da sexualidade na adolescência; um tema que mães e pais geralmente têm dificuldade de conversar com os filhos.

Alunos: Como ocorre a sexualidade e quais diferenças entre meninos e meninas?

Psicóloga Laís: A sexualidade deve ocorrer com naturalidade. As diferenças claras entre menino e menina já começam por questões hormonais e de idade, que por sua vez, é mais bem aceita neles do que nelas. No entanto, sexualidade não é exclusivamente o ato sexual, mas todo um processo subjetivo de busca pela identidade, personalidade, identificação com grupos e autoconhecimento e, por isto, não deve sofrer estigmas.

Alunos: Como a sociedade influencia na sexualidade dos adolescentes ?

Psicóloga Laís: De um lado, percebemos o conservadorismo ou mesmo o incentivo para os pais lidarem melhor com o assunto. Por outro, existe a sexualização, a adulteração destes adolescentes, que têm acontecido cada vez mais cedo e a facilidade do acesso à informação merece maior atenção da família na supervisão de cada fase, pois criança é criança, adolescente é adolescente, adulto é adulto.

Alunos: Quais são as vivências dos adolescentes neste processo?

Psicóloga Laís: Existem diversas formas de viver a sexualidade. Os rapazes procuram seus grupos, preocupados com o corpo perfeito, com seus gozos, sua masculinidade e as moças vivem sua primeira menstruação, acompanhando crescimento dos seios e de suas curvas, preocupadas com a vaidade, com a conquista dos rapazes, mas se tocam menos que eles, se conhecem menos, o que ainda é reprimido pela sociedade em geral.

Alunos: A importância dos pais é essencial, qual o melhor método/modo dos pais conseguirem falar do assunto com os filhos? 

Psicóloga Laís: O diálogo, a busca por informações seguras e ajuda profissional, se necessário, mas principalmente, procurar estar seguros de que este é um tema essencial e entender sua própria sexualidade, estar resolvidos com ela, pois também já viveram esta fase e agora é hora de ensinar, orientar. Conhecer bem seus filhos para saber por onde começar, quando e como é fundamental. Se o adolescente não consegue se sentir a vontade para este diálogo, oriente-o para procurar alguém de confiança, seja um professor, um psicólogo, um parente. Não adianta ser invasivo ou apresentar comportamentos que causem nele o medo da represália.

Laís Aparecida – Psicóloga Clínica, Pós-graduanda em Criminologia e Psicologia Investigativa Criminal. Atendimento Psicológico em Araçagi, na Prime Clin, e João Pessoa.
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Da Redação/Portal Araçagi

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