Cerca de 29,5 milhões de pessoas tiveram problemas com drogas e transtornos relacionados ao seu uso, incluindo a dependência. Em 2015, pelo menos 250 milhões de pessoas consumiram essas substâncias.

Um estudo lançado esta quinta-feira revela que 0,6% da população adulta global foi afetada. Os prejuízos causados pelos opioides representam 70% do impacto negativo do uso de drogas na saúde.

Drogas – Segundo o Relatório Mundial de Drogas 2016, a hepatite C afetou mais da metade dos usuários de drogas injetáveis: 6,1 milhões foram afetados, de um total de 12 milhões.

De acordo com o documento, um em cada oito usuários de drogas, ou 1,6 milhão de pessoas, vive com o HIV.

Falando à ONU News, de Genebra, o vice-diretor executivo do Programa Conjunto da ONU sobre o HIV/Aids, Luiz Loures, revelou que a epidemia entre os usuários das drogas atrasa o combate da doença.

“Continua crescendo no momento em que observamos queda nas taxas de HIV/Aids em muitos países inclusive em países africanos muito afetados. Essa não é a realidade entre pessoas que injetam drogas principalmente na Europa do leste, Isso é um desafio para que cheguemos ao fim da epidemia em 2030. No ano de 2011 tivemos por volta de 115 mil infeções. Em 2015 esse número já era de quase 160 mil. Está havendo um crescimento que de alguma forma está na contramão da tendência geral em relação à epidemia de HIV.”

Anfetaminas – No relatório, o Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, aponta também problemas relacionados ao uso de anfetaminas.

O Unodc revela que o mercado de novas substâncias psicoativas é ainda relativamente pequeno, mas os usuários desconhecem o conteúdo e a dosagem, o que representa grande perigo a sua saúde.

O documento destaca que 2014, entre um quinto e um terço das receitas de  grupos de crime organizado transnacional vieram da vendas de drogas.

Canabis – As comunicações móveis são vistas como oportunidades para os traficantes, já  podem ter acesso a programas específicos que permitem aos usuários comprar as drogas de forma anônima.

As  transações aumentaram cerca de 50% ao ano entre setembro de 2013 e janeiro de 2016. O estudo indica que os compradores são usuários de canabis, ecstasy, cocaína e alucinógenos para recreação.

O documento relata a prevalência do uso de canabis em usuários com idade entreos 15  e os 64 anos. Os países lusófonos apresentam uma tendência de queda.

Por exemplo, Cabo Verde passou 8,1% em 2004 para 2,4% em 2012. Segue-se Portugal que passou de 3,6% em 2007 para 2,7% em 2012. O Brasil a taxa era de 2,6% em 2005 e passou para 2,5% em 2016.

Sobre os 20 anos do Relatório Mundial de Drogas, o diretor-executivo do Unodc,Yury Fedotov, destacou que há mais a ser feito para que sejam cumpridas as mais de 100 recomendações da sessão da Assembleia Geral que debateu o problema mundial das drogas.

*Apresentação: Laura Gelbert Delgado.

Fonte: Radio Onu

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