“Estou dois anos ausente e sendo muito criticado, mas agora vou colocar todo o meu suor em prática”. A declaração feita em um grupo do WhatsApp é do prefeito de São João da Baliza, José Divino (PSDB). O município fica no Sul de Roraima, a quase 300 quilômetros de Boa Vista.

De acordo com um participante do grupo, o político deu a entender que abandonou a cidade com a justificativa de buscar recursos, mas a alegação não procede. Divino não atendeu as ligações da reportagem.

A afirmação do prefeito foi feita na segunda-feira (9) em um grupo denominado ‘Baliza 10′, segundo uma testemunha que participou da conversa e pediu para não ser identificada. Parte do print das mensagens foi divulgada nesta sexta-feira (13) em redes sociais.

“Quando o prefeito escreveu que estava ausente, alegou ter passado um tempo fora do município em busca de recursos para serem investidos em Baliza. Mas, sabemos que essa declaração não procede porque a cidade está abandonada. Ao ser questionado por membros do grupo, respondeu as perguntas”, disse um integrante do ‘Baliza 10′.

Na cópia da conversa no WhatsApp, José Divino relata ter conseguido um convênio que garante iluminação pública para São João da Baliza e continua a descrever: “Prego batido e ponta virada. Quem disse que eu estava mentindo, tenha a humildade de pedir desculpas. Estou há dois anos ausente e muito criticado, mas agora vou colocar meu suor em prática, não por mim, e sim pela nossa cidade que tanto precisa”.

De acordo com o administrador do ‘Baliza 10′, Renato Barbosa, José Divino foi adicionado no grupo há cerca de 20 dias e passou por uma ‘sabatina’ feita pelos membros.

“Por ser prefeito, algumas pessoas que moram no município e fazem parte do grupo fizeram uma ‘sabatina’ com ele e o questionaram sobre denúncias e insatisfações. Ele começou a se justificar diante disso e confirmou ter passado dois anos ausente para buscar recursos em Brasília, pois, se ficasse na cidade, não teria como fazer seu trabalho”, disse.

Ainda de acordo com Barbosa, o prefeito publicou no aplicativo que ‘nos últimos dois anos de sua gestão irá trabalhar’. Por diversas vezes, o G1 tentou por telefone falar com o prefeito José Divino, mas as ligações não foram atendidas.

G1

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