Lembro-me dos protestos entre 2012 e 2013. Não só me recordo como participei de uma das manifestações de 2013, melhor, estava na maior manifestação do Brasil, naquele momento – mais de 300 mil pessoas na Avenida Rio Branco, centro do Rio de Janeiro – todos gritando “O gigante acordou”. A manifestação começou, talvez, por causa do aumento das passagens dos ônibus estaduais em 20 centavos e acabou sem resultados perceptíveis a longo prazo.
De meados de 2013 ao início de 2018 o “gigante” dormiu, infelizmente.
Agora, após 5 anos, o estopim foi o aumento dos combustíveis. Nasce com o aumento periódico do diesel, em segundo plano nos demais combustíveis, a greve dos caminhoneiros. Maior movimento grevista dos últimos tempos no nosso país. Maior não pelo número de trabalhadores em paralisação, mas por causa do enorme impacto na vida das pessoas. Sem caminhoneiros…. Sem caminhões, sem transporte de produtos; quebra da cadeia de suprimentos. Sem gasolina nos postos de abastecimento, sem transporte público; quebra do mercado comercial. Resultados imediatos: gasolina – quando se tem – mais cara, alimentos – quando se tem – mais caros e em pouco tempo o caos da sociedade moderna. A greve começou por causa do aumento dos combustíveis, e outros fatores de descontentamento social, e acabou sem resultados concretos para benefício nacional.
Esses movimentos mostram a necessidade de reforma do estado. A Falta de um planejamento nacional e de uma mudança cultural. A Falta da educação moral e sobra do famoso (hipócrita) “jeitinho brasileiro”.
Demos o grito, porém faltou continuidade. Até parece, em alguns momentos, que tudo está bem: a conformidade.
É necessária manifestação contínua sem paixão por partidos políticos, é necessária uma greve geral com ou sem apoio sindical. Talvez um plebiscito com reformas objetivas e uma nova constituinte para ratificar a reestruturação do sistema legislativo do país.
Não acha que é hora de pararmos apenas de gritar ou de se lamentar? Não acha que é ora da ação?
Todos juntos podemos transformar a realidade nacional!
Escritor e Poeta
Wellington Fortunato
Da Redação/Portal Araçagi