Pense um pouco e tente lembrar a última vez que comprou algo desejado, mas que não era necessário. O consumo é algo inerente à sociedade, visto que está diretamente ligado com necessidade ou sobrevivência. Porém o consumismo tem atingido milhões de pessoas que se destacam por adquirirem o que não precisam sob motivos variados, na maioria das vezes, emocionais. Tal comportamento pode ser considerado doentio quando o ato de comprar tem relação com ansiedade e satisfação, assumindo papel de conforto para superar situações depressivas ou ansiosas.

Oneomania ou compulsão por comprar é hoje um fenômeno que acomete 3% da população brasileira, a maioria mulheres, segundo dados do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas em São Paulo. No entanto, é importante discutir a questão especialmente com crianças e adolescentes.

O consumo infantil vem crescendo rapidamente e, para justificar o fenômeno, existem as propagandas de produtos que despertam o interesse nos pequenos e o fato de que os pais são facilmente influenciados, perdendo o controle em relação aos pedidos e exigência dos filhos. 

Nessa faixa etária é normal a competitividade, desejar os produtos que “todo mundo tem” como forma de inserção social, onde a criança “necessita” de tais brinquedos, passeios, roupas e sapatos específicos por influência de um determinado grupo.

A questão é que algumas medidas podem [e devem!]ser tomadas quando o assunto é consumir. A primeira delas é; saiba dizer “não”, ensine a criança que antes de gastar o dinheiro é preciso ganhá-lo. Explique o valor do trabalho, deixe-a participar de momentos em família, como ir ao supermercado. Antes de sair para as compras faça anotações com ela do que estão realmente precisando e a deixe administrar e negociar pequenas compras, obviamente com supervisão. Em casos patológicos, faz-se necessário a procura por ajuda profissional, a fim de gerir o contraste entre o ganho material e as perdas emocionais que também estão envolvidas na vida de um consumidor compulsivo.

Laís Aparecida – Psicóloga Clínica, Pós-graduanda em Criminologia e Psicologia Investigativa Criminal. Atendimento Psicológico em Araçagi, na Prime Clin, e João Pessoa.
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Da Redação/Portal Araçagi

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