Claro! E são nas melhores famílias que acontecem. Só que não!
Entrar em atrito individual ou coletivo é uma forma importante de fazer a manutenção das relações intra e interpessoais. No entanto, em meio a esta sociedade tecnológica, as pessoas estão desaprendendo a gerir seus conflitos, preferindo “deixar quieto” ou explodindo e destruindo determinado laço afetivo com alguém.
Toda relação familiar é complexa. Desde o enamoramento de um casal, até a criação dos filhos, o que é bastante natural, diga-se de passagem. Afinal, cada ser humano possui características singulares.
A Psicologia considera as falhas de comunicação como o principal fato gerador desses conflitos, somado à dificuldade de solucionar os problemas familiares, podendo acarretar diversos fatores negativos no relacionamento amoroso do casal e na interação pai-filhos.
Dizem que o mundo seria bem melhor se as pessoas se perguntassem ao magoar alguém: “e se fosse comigo?” E seria! Talvez não em um nível universal, mas familiar já é de bom tamanho.
Neste sentido, para a resolução dos problemas familiares, os membros devem estar dispostos a não só desculpar, mas pedir também suas desculpas, a ter cultura de colaboração mútua que satisfaça a todos, saber se colocar no lugar do outro, ser sincero, cultivar o diálogo. Isso porque, quando existem conflitos não resolvidos, é muito provável que haja um distanciamento emocional da família, acarretando em uma disfunção psicológica tanto dos pais quanto dos filhos. Mas, não é necessário fazer isso sozinho, até porque, se as queixas são de todos, um membro sozinho não conseguirá resolvê-las. É neste estágio que a ajuda profissional pode facilitar o processo de reconstrução familiar.
Não há nada de errado ou vergonhoso em admitir que sua família precisa de ajuda e existem profissionais justamente para isso, a exemplo do psicólogo. Ele atuará como mediador nas conversas e procurará soluções para os conflitos familiares em conjunto com o grupo, propiciando um ambiente de diálogo e aplicando técnicas para que todos se reajustem frente às queixas.