O temporal na cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio, deixou ao menos cinco mortos e quatro desaparecidos, segundo a Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro e o Corpo de Bombeiros confirmaram até a manhã desta segunda-feira (21). A forte chuva teve início na tarde deste domingo (20). O município já registrou, desde então, 95 ocorrências, entre deslizamentos e alagamentos. Ainda chove muito nesta manhã, e a Defesa Civil emitiu alerta para as próximas horas.

Duas mortes foram registradas no Morro da Oficina, no Alto da Serra, que foi a área mais afetada no temporal há pouco mais de um mês, em 15 de fevereiro. Outras duas mortes foram registradas na Rua Washington Luiz, onde uma pessoa foi resgatada com vida e outras quatro são procuradas; e o quinto óbito foi registrado na Rua Pinto Ferreira, no bairro Valparaíso.

Durante a noite deste domingo, após o temporal atingir a Cidade Imperial, o prefeito Rubens Bomtempo, afirmou que o município vive uma situação de fragilidade por conta da chuva. O chefe do executivo municipal salientou ainda que outros deslizamentos poderão acontecer, já que há uma instabilidade no solo do município.

Bomtempo destacou que está preocupado com os danos.

— Nos preocupa demais (essa chuva, pois ela causou) danos importantes e vem deixando a população realmente apreensiva. As encostas que, grande parte, sofreram deslizamentos, se encontram de uma forma exposta (com esse novo temporal). Tivemos novamente o Centro Histórico alagado novamente, teve gente que perdeu carro e a cidade vive uma situação de fragilidade e instabilidade — destacou o prefeito à Rádio CBN.

A Prefeitura de Petrópolis afirma que há chances de novas chuvas na cidade.

— Ainda temos previsão de chuva, pedimos que a população fique atenta aos nossos informes — pontuou o secretário municipal de Defesa Civil, o tenente-coronel Gil Kempers.

De acordo com a Secretaria municipal de Assistência Social, 419 pessoas estão desalojadas por conta do novo temporal. As vítimas estão nos abrigos do Morin, Quitandinha, Amazonas, Vila Felipe, Sargento Boening, São Sebastião, Dr. Thouzet, Alto da Serra, Floresta, Independências e Siméria. Outras 155 pessoas já estavam nesses abrigos desde a última chuva. O número de desabrigados soma, até o momento, 574.

Entre as regiões mais afetadas pela chuva estão Alto da Serra, Vila Felipe, São Sebastião, Quitandinha, Castelânea, Chácara Flora, Centro, Quissamã, Morin, Independência, Mosela, Siméria, Caxambu, Coronel Veiga, Estrada da Saudade, Saldanha Marinho, Vila Militar, Bingen, Carangola, Floresta, Itaipava, Provisória, Quarteirão Brasileiro e Valparaíso.

A Cidade Imperial viveu uma tragédia em decorrência das chuvas há pouco mais de um mês, em 15 de fevereiro. Deslizamentos e alagamentos deixaram 233 mortos. Casas e comércios foram atingidos e tomados por lama, escombros e água. Aos poucos o município tentava voltar à normalidade da rotina e até mesmo atrair turistas, como a tradicional Rua Teresa, que voltou a abrir as portas antes do tempo previsto.

O Globo

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