Preço do gás de cozinha não sofrerá reajuste

Petrobras anunciou, há pouco, um reajuste de 5,18% no preço da gasolina vendida às distribuidoras, que passa de R$ 3,86 para R$ 4,06, por litro, a partir de sábado. O preço do diesel também sofreu aumento, de 14,26% passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro.

Segundo a empresa, o gás de cozinha (GJP) não sofrerá reajuste. Os preços do GLP foram reajustados pela última vez em 8 de abril, quando a companhia anunciou uma redução do preço médio de venda de R$ 4,48 por quilo para R$ 4,23 por quilo, queda de 5,5%.

Em comunicado essa manhã, a estatal informou que, em seu entendimento, atualmente ocorre uma “mudança estrutural” no patamar de preços globais, daí a necessidade dos ajustes.

“Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 4,42, em média, para R$ 5,05 a cada litro vendido na bomba”, informa a companhia. O último aumento do óleo diesel ocorreu no dia 10 de maio.

Já para a gasolina, de acordo com a Petrobras, diante da mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,81, em média, para R$ 2,96 a cada litro vendido na bomba. O último ajuste nos preços da gasolina ocorreu em 11 de maio.

Também no mesmo comunicado, a Petrobras afirmou que tem buscado o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio. “Com esse movimento, a Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio, ou seja, evita o repasse das variações temporárias que podem ser revertidas no curto prazo”, prosseguiu a estatal, no informe.

A Petrobras declarou-se ser sensível ao momento em que Brasil e mundo estão enfrentando no setor de combustíveis. Mas, outro aspecto mencionado pela petroleira, no comunicado, foi o risco em relação ao desabastecimento de combustível, caso não ocorram ajustes de preços.

No equilíbrio de preços com o mercado global de combustíveis, a Petrobras entende que isso resulta em “continuidade do suprimento do mercado brasileiro, sem riscos de desabastecimento, pelos diversos atores: importadores, distribuidores e outros produtores, além da própria Petrobras”.

Nesse ponto, a empresa ressaltou que o mercado global de energia está atualmente “em situação desafiadora”, em termos de relação de oferta e de demanda.

“Com a aceleração da recuperação econômica mundial a partir do segundo semestre de 2021 e, notadamente, com o início do conflito no Leste Europeu em fevereiro de 2022, tem-se observado menor oferta e maior demanda por energia, com aumento dos preços e maior volatilidade nas cotações internacionais de commodities energéticas, em especial, do óleo diesel”, pontuou a empresa.

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