A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (17) que vai aumentar em 9,8%, em média, o preço do gás de cozinha vendido em botijões de até 13 kg nas refinarias. O reajuste entra em vigor à zero hora da próxima terça-feira (21), segundo a estatal.
Se o aumento for repassado integralmente ao consumidor, a companhia estima que o botijão de gás pode subir 3,1%, ou cerca de R$ 1,76 por botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.
O aumento do preço nas refinarias pode ou não se refletir no preço final ao consumidor, de acordo com a Petrobras. Isso dependerá de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores.
O último reajuste no preço do gás de cozinha pela Petrobras havia sido feito em 1º de setembro de 2015. O aumento no valor anunciado não se aplica ao gás destinado a uso industrial, informou a estatal.
Subsídio reduzido
A Petrobras, dona de praticamente 100% do abastecimento do gás de cozinha no mercado nacional, já vinha preparando o aumento do insumo há algum tempo, segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” publicada na semana passada.
A diretoria da estatal entende que é preciso reduzir o subsídio dado ao gás de cozinha, que segurou o preço do insumo nas refinarias, enquanto as distribuidoras reajustavam o preço livremente no mercado. Com isso, o consumidor final era impactado, mas a receita da Petrobras não aumentava.
Ao aumentar o custo nas refinarias, a estatal espera recuperar ao menos uma parte do preço, em razão da defasagem acumulada nos últimos anos, não apenas com a inflação, mas do próprio valor praticado pelo mercado.