O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na América do Sul cobrou das autoridades uma “investigação célere e completa” da morte de Genivaldo Jesus Santos, de 38 anos, durante um procedimento policial em Sergipe. Vídeos compartilhados em redes sociais mostram a viatura da PRF sendo usada como uma “câmara de gás”, com a vítima presa no porta-malas.
“Genivaldo de Jesus dos Santos era um homem negro de 38 anos, com deficiência, que morreu após uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal na última quarta-feira [25]”, destaca a nota.
O pedido às autoridades reforça que sejam cumpridas as normas internacionais de direitos humanos e que os agentes responsáveis sejam levados à Justiça, de forma a promover reparação aos familiares da vítima.
Os policiais rodoviários federais, responsáveis pela abordagem que terminou com a morte de Genivaldo foram afastados na última quinta-feira (26).
“A violência policial desproporcionada não vai parar até as autoridades tomarem ações definitivas para combatê-la, como a perseguição e punição efetiva de qualquer violação de direitos humanos cometida por agentes estatais, para evitar a impunidade”, disse Jan Jarab, chefe regional do escritório da ONU para os Direitos Humanos na América do Sul.
Jarab acrescentou que a morte de Genivaldo ocorreu dois anos após a morte de George Floyd nos Estados Unidos, caso que desencadeou uma onda de protestos e atenção ao racismo sistêmico e policial em todo o mundo.
O ministro de Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, disse que determinou a abertura de inquérito pela Polícia Federal e na própria PRF para apurar o caso. A Polícia Civil também abriu uma investigação. O laudo inicial do Instituto Médico-Legal confirmou a morte por asfixia e insuficiência respiratória.
Fonte: CNN Brasil