No último dia do II Simpósio de Direito Eleitoral do Nordeste, promovido sábado (05) em Campina Grande, a deputada estadual Daniella Ribeiro (PP) tomou parte no painel que versou sobre “Representação, paridade e gênero: a fundamentalidade da participação feminina na política”.

A parlamentar se permitiu um depoimento pouco usual. Pra começo de conversa, avaliou que o recorrente convite e/ou indicação de uma mulher para a vaga de vice numa chapa tem tão somente a intenção de “enfeitar ou embelezar” o rol de concorrentes.

Daniella viajou no tempo e pousou no processo eleitoral de 2004, quando concorreu como vice na chapa encabeçada pelo deputado Rômulo Gouveia (PSD) para Prefeitura de Campina Grande. “No dia do anúncio, ninguém sabia nem que Enivaldo (Ribeiro, seu pai) tinha uma filha”, rememorou.

Sob o testemunho na plateia do advogado Harrison Targino, um dos coordenadores da referida campanha – relatou que no deslocamento de automóvel entre a casa de seu pai (em Lagoa Seca) e a sede da ACI (Associação Campinense de Imprensa), às margens do Açude Velho, estabeleceu-se um diálogo entre Enivaldo e o então governador Cássio Cunha Lima (PSDB).

Tratavam dos oradores e da ordem dos discursos na solenidade de anúncio da ACI.

A certa altura, o pai determinou: “Daniella não vai falar”. “Claro que vou!”, reagiu Daniella, para estupefação dos dois interlocutores.

Todo esse passeio histórico – assinalou a deputada – foi no sentido de ressaltar a necessidade de a mulher, também na atividade política, “sentar à mesa”, ou seja, não assumir um papel coadjuvante no processo de tomada de decisões.

Paraíba Debate

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