ionel Messi e Luka Modric não serão apenas os motores de Argentina e Croácia no confronto entre as duas seleções nesta quinta-feira, às 15h (de Brasília), em Nizhny Novgorod. Assim que pisarem no gramado, o argentino e o croata terão uma marca particular: pela primeira vez na história, a Copa do Mundo terá um confronto direto entre os camisas 10 do momento de Barcelona e Real Madrid.

Desde que os clubes passaram a usar numeração fixa, na temporada 1995/96, nunca houve o clássico espanhol dos camisas 10 na Copa. A edição de 1998, na França, foi a mais próxima de ver o duelo.

Em 1994, ainda sem essa regra, Romário era o 10 do Barcelona e ajudou no tetracampeonato do Brasil. No Real, Michael Laudrup, dinamarquês, era quem mais utilizava o número – mas seu país não foi para a Copa.

Veja como foi nas outras Copas:

  • 1998: Giovanni (Barcelona) foi reserva no confronto com Seedorf (Real Madrid), na semifinal entre Brasil e Holanda;
  • 2002: Rivaldo (Barcelona) e Luis Figo (Real Madrid) não se enfrentaram. Brasil foi campeão, e Portugal caiu na primeira fase;
  • 2006: Ronaldinho (Barcelona) e Robinho (Real Madrid) jogaram juntos na seleção brasileira;
  • 2010: Messi (Barcelona) e Lassana Diarra (Real Madrid) não se enfrentaram. O francês nem foi convocado para a Copa;
  • 2014: Messi (Barcelona) não teria adversário, pois a 10 do Real Madrid estava vaga. Mesut Özil deixou o clube em 2013 – o número ficou sem dono até a chegada de James Rodríguez, depois daquela Copa.
Modric e Messi duelam em Real x Barcelona: sempre de lados opostos (Foto: Getty Images)

Modric e Messi duelam em Real x Barcelona: sempre de lados opostos (Foto: Getty Images)

Nos clubes, Messi e Modric não se cansam de empilhar taças e colecionar recordes pelos dois gigantes europeus. Ambos estão, por exemplo, empatados em Ligas dos Campeões (quatro para cada lado). O croata sabe que é difícil parar o adversário, que considera um dos melhores.

– O que posso dizer com certeza é que Messi é um dos melhores jogadores do mundo. Tudo começa por ele, cada ação, cada ataque, todas as chances que eles criam praticamente passam por suas pernas. Vamos precisar dessa atenção, mas a equipe não é só ele individualmente. Precisamos de um grande jogo – alertou Modric.

Messi assumiu a 10 do Barcelona no início da temporada 2008/09, quando Ronaldinho deixou o clube rumo ao Milan. Modric, por sua vez, virou o 10 do Real em 2017/18, depois do empréstimo de James Rodríguez ao Bayern. Coincidência ou não, argentino e croata usavam o número 19 antes de ganharem a camisa mais desejada.

Veja mais dados da dupla abaixo:

 (Foto: GloboEsporte.com) (Foto: GloboEsporte.com)

(Foto: GloboEsporte.com)

Estilos que se completam

Messi é indiscutível e decisivo, apesar da estreia ruim na Copa – empate por 1 a 1 com a Islândia, quando perdeu um pênalti e foi muito bem marcado. Modric, ao contrário, acertou a cobrança de penalidade que teve e ajudou a Croácia a vencer a Nigéria por 2 a 0.

Enquanto Messi é quem ronda a área, faz os gols e quebra as defesas adversárias com dribles, Modric dita o ritmo do jogo, distribui a bola com inteligência e quase não erra passes, sempre dando suporte às estrelas do setor ofensivo – no caso do Real, Cristiano Ronaldo.

Juntos, o argentino e o croata poderiam fazer estragos ainda maiores em defesas adversárias. Nesta quinta, porém, as prioridades são outras: a seleção sul-americana precisa vencer para voltar à briga pela liderança do Grupo D; a europeia quer despachar a rival e confirmar sua classificação.

– Estaremos jogando contra uma grande equipe, de muitos jogadores fenomenais. Mas temos fé na nossa equipe e vamos fazer o máximo por um resultado positivo – prometeu Modric.

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