1267800502carropipaDiante do surto de microcefalia e de sua relação com o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o governo federal decidiu usar larvicida na água distribuída em carros-pipa no Nordeste, região que concentra maior número de casos suspeitos e enfrenta forte seca.
“As pessoas acumulam água em vasilhames para utilizar e esses vasilhames estão sendo o principal criatório dos mosquitos. Vamos colocar o larvicida na água transportada nos carros-pipa, para quando a agua for distribuída ela já estar preparada para destruir as larvas”, afirmou o ministro Marcelo Castro (Saúde) em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (8).
Ele participou, na tarde de hoje, de reunião da presidente Dilma Rousseff com 21 governadores e 4 vices para tratar de ações de combate ao mosquito. Segundo o Ministério da Saúde, o produto não interfere no consumo humano.
O ministro demonstrou preocupação com o aumento da proliferação do mosquito, nos primeiros meses do ano. “Temos várias tecnologias novas que estão sendo desenvolvidas com grande sucesso, mas que não estão ainda a ossa disposição para o surto que vem agora”, disse.
“No Brasil, não existe problema maior do que este que estamos enfrentando”, reconheceu. Ele citou como exemplo a própria decisão do governo de decretar emergência sanitária no país.
“A última vez que foi decretado Estado de emergência em saúde pública foi em 1917, quando da gripe espanhola.”
Na tarde de hoje, o governo federal divulgou um novo balanço sobre casos de microcefalia no país: até aqui, são 1.761 recém-nascidos suspeitos de ter a má-formação cerebral. A maior parte dos registros estão na região Nordeste, concentrados em Pernambuco (804), Paraíba (316) e Bahia (180). Os governadores dos três Estados participaram da reunião no Palácio do Planalto.
O ministro da Saúde ponderou, no entanto, que os casos tendem a se espalhar pelo país. “É um caso de extrema gravidade, está essencialmente restrito ao nordeste brasileiro,mas todo os estudioso, pesquisadores, especialistas afirmam com segurança que ele não ficará restrito aos Estados do nordeste.”
Via – Folha de São Paulo
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