As chuvas de verão, em João Pessoa, são conhecidas desde que potiguaras e tabajaras eram mais comuns que os homens brancos por estas terras. Quer dizer, muito antes disso. Mas não para os vereadores da capital. Depois de parte de dezembro e todo o mês de janeiro de férias, quando a Câmara Municipal poderia ter passado por reformas, eles adiaram novamente o retorno dos trabalhos. A data regimental para a volta é o 1º de fevereiro, mas eles decidiram em reunião nesta terça-feira (7) só retornar ao trabalho em pleno período de Folia de Rua. Pior, no dia 26, o dia que antecede a saída do bloco Muriçocas do Miramar, o maior da cidade. É, também, a semana que antecede o Carnaval e que, por isso, o trabalho regislativo é raro. Uma péssima sinalização para o eleitorado.

O presidente da Câmara Municipal, João Corujinha (DC), justificou a necessidade de adiar a retomada dos trabalhos legislativos alegando necessidade de fazer reparos na Casa. “Nós decidimos adiar o retorno das atividades para o dia 26 de fevereiro, para podermos realizar mais alguns reparos nas instalações da Câmara. Já estávamos fazendo alguns ajustes e, após as chuvas das últimas 24 horas, identificamos novas necessidades”, esclareceu. A mesa diretora da Câmara se reuniu, na manhã desta quarta-feira (6), para discutir assuntos administrativos e adotar medidas que possam garantir o bom funcionamento da Casa. Entre os temas discutidos ficou acertado, também, o cancelamento da posse do suplente de vereador Carlão do Cristo (Pros) na titularidade do mandato, acatando decisão judicial.

Sobre o cancelamento da posse do suplente de vereador Carlão do Cristo, a procuradora-adjunta da Casa, Moema Fiuza, explicou que o Legislativo Municipal está cumprindo uma decisão judicial e que vai aguardar novas determinações da Justiça para saber quem assume a vaga deixada por Eduardo Carneiro, que renunciou ao mandato de vereador para assumir o cargo de deputado estadual.

Na semana passada, o juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública, Gutemberg Cardoso Pereira, determinou o cancelamento da posse de Carlão do Cristo, primeiro suplente de Eduardo Carneiro. O magistrado entendeu que o suplente de vereador não atingiu os votos necessários para superar a cláusula de barreira e, portanto, não deve assumir a cadeira de vereador. A decisão foi divulgada pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB) na última terça-feira (5).

Durante a reunião, que aconteceu no gabinete dapresidência, os membros da mesa diretora também discutiram sobre as modificações na composição das comissões permanentes, a participação de parlamentares nos conselhos municipais e a agenda para o primeiro semestre do segundo biênio. “A pauta foi bastante abrangente, falamos sobre a Ouvidoria da Casa, mudanças nas comissões permanentes, ingresso de parlamentares nos conselhos municipais, entre outros temas. A ideia é fazermos sempre reuniões como esta”, destacou a vereadora Eliza Virgínia (PP), 1ª secretária da Mesa.

Além de João Corujinha e Eliza, também participaram da reunião os vereadores Leo Bezerra (PSB), 1º vice-presidente; Milanez Neto (PTB), 2º vice-presidente; Humberto Pontes (Avante), 2º secretário e Chico do Sindicato (Avante), 3º secretário.

Resumo PB

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