Frequentemente ouvimos noticiários de casos nos quais pessoas tentam acabar com a própria vida. Centenas de pessoas compõem o cenário, voltam seus olhares para a torre de TV, ponte ou sacada de um prédio.
Equipes de televisão, jornais eletrônicos e rádio chegam ao local e começaram a registrar o momento tenso. Homens da polícia e do Corpo de Bombeiros mantêm diálogo, tentando a todo custo evitar que uma tragédia ocorra.
Policiais isolam todo perímetro, a fim de afastar a população que está aflita, mas ao mesmo tempo grita palavras e frases chulas, como: “Isso é cifre”; “Ele ganhou foi chifre e não um par de asas”; “Tá querendo mídia!”; “Só quer chamar atenção!”.
Infelizmente, isso tem sido o pensamento das pessoas. Pessoas estas que estão isoladas em sua crença de que nunca ocorrerá algo semelhante com alguém que ame, seja amigo, parente ou si mesma. Mas me permita perguntar: E se fosse um parente, você gritaria as mesmas frases citadas acima?
Em algum e qualquer momento da vida estamos sujeitos a pensar em morrer para escapar de uma sensação de dor insuportável ou de impotência extremas.
Seja empático. Faça o contrário daqueles que estão no cenário apenas por curiosidade e divertimento ao ver o sofrimento alheio. Precisamos falar de suicídio, mas precisamos falar também do preconceito, julgamento e da sensibilização e compaixão para com o próximo. Pratique o “Eu te entendo, estou aqui com você.” E lembre-se: o problema do outro pode não parecer grande, mas a dor é dele e cada pessoa tem sua maneira de enfrentar.
Da Redação/PortalAraçagi