O deputado federal Efraim Filho (União Brasil), confirmou nesta segunda-feira (28), a saída do bloco de situação do governo João Azevêdo (PSB) e deu como certa seu acerto com o oposicionista nas eleições ao estado, Pedro Cunha Lima (PSDB).
A decisão do deputado, que passou três anos na base aliada, movimentou a política do estado, que agora desenha suas duas principais majoritárias na briga pelo executivo estadual e Senado Federal.
Em entrevista ao Programa Hora H, da Rede Mais Rádios, nesta segunda-feira (28), Efraim deu detalhes do seu rompimento com João e explicou sua mudança política. O pré-candidato ao Senado disse ter se sentido preterido pelo governador, criticou a possível escolha por Aguinaldo Ribeiro (PP) e disse ter buscado em Pedro “jovialidade” e apoios políticos.
Confira a entrevista completa ao jornalista Wallison Bezerra:
– O que pesou na escolha por Pedro?
A sintonia e identidade. A sintonia de dois jovens, ousados, audaciosos, que tem maturidade, experiência, na vivência política, de representar a Paraíba no cenário nacional. Tenho a oportunidade de ser a vez e a voz do nosso estado no debate de grandes temas. De temas que tratam do desenvolvimento da geração de emprego, renda e oportunidade. Esse pensamento de oxigenação das ideias, que ousam enfrentar o poder, a máquina administrativa, o peso da caneta, confiando nos seus ideias, foi o caminho que nos levou a essa parceria.
– Como você pretende explicar ao eleitor essa mudança de lado na política?
Estivemos junto ao governo desde o primeiro momento. Carregamos os primeiros tijolinhos quando João Azevêdo estava atrás nas pesquisas, nós lutamos para que ele se elegesse governador. oferecemos a ele, lealdade, compromisso e votos. o governo deu em troca a indecisão. diante dessa indecisão, procurei outros caminhos que nos levarão à vitória. procuramos caminhar ao lado de Pedro. o governo preferiu se aliar aos adversários. se dependesse de Aguinaldo, João Azevêdo nem governador seria. Ele votou contra. Não há nenhum tipo de conduta diferente da minha parte.
– O governador ainda não tornou pública a decisão de apoiar o nome, citado pelo senhor, de Aguinaldo ao Senado Federal. Ele disse internamente que Aguinaldo seria o candidato?
Não me disse. Procuramos tomar a iniciativa por entender que os caminhos que nos levam a vitoria não é mais ao lado de João e sim ao lado de Pedro, uma parceria jovem, ousada, inovadora, que vai trazer uma oxigenação de ideias para o desenvolvimento da Paraíba. É nessa caminhada que seguiremos juntos.
– O senhor espera contar com o apoio dos aliados de Pedro para o Senado Federal, a exemplo de Romero Rodrigues, que já declarou apoio a Bruno Roberto?
Temos contado com o apoio de muitos parceiros. O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, manifestou a intenção de seguir junto conosco, de estar nessa parceria. Outros nomes como o prefeito de Lagoa Seca, como Fábio Ramalho, que tinha parceria com Aguinaldo Ribeiro, já desconstruiu essa relação para vir caminhar junto conosco. Os deputados Tovar Correia Lima, Camila Toscano, entre outras forças políticas, estarão ao nosso lado. A nossa intenção será caminhar de forma unificada, buscando unir o grupo. Aqueles que já tinham um compromisso, vamos seguir conversando para formar um projeto cada vez mais forte.
Mais PB