Saudosa, carinhosa e anteriormente intitulada “FESTA DE SÃO SEBASTIÃO”, a mesma foi usurpada e teve sua origem arrancada das entranhas de suas raízes históricas. Se bem que, História e Cultura são palavras rivais em nosso “punhado de terras”, isso ontem, hoje e sempre.
Hoje, de codinome “TRADICIONAL FESTA DE ARAÇAGI”, a mesma será realizada nos dias 27 e 28 de Fevereiro do corrente ano, fazendo com que nosso povo tenha ano após ano, um teste de paciência, tendo que fazer bem mais, que controlar-se e contar até dez (10) entre um surto aqui e uma reação acolá. Às vezes, ainda ouvimos algumas asneiras, do tipo: Achou ruim, fica em casa.
Acredito que, se um mendigo deixasse para comer algo, apenas quando a mesa estivesse farta, coitado, morreria de fome.
Sinto-me assim, como um animal a mendigar os farelos do pão que caem do café da manhã e ouvindo do dono: É isso, ou nada!
Durante o passar dos anos, impossível não perceber a forte rejeição por grande parcela da população local, quando do anúncio da programação, assim como a ausência de pessoas de outras cidades e até Estados em nossa humilde, pacata e carente Araçagi.
O que antes no fim da tarde movimentava o centro da cidade com a chegada de inúmeros amigos e familiares da capital e de cidades vizinhas em ônibus intermunicipais, hoje se resume ao bocejar de comerciantes e taxistas exaustos de não fazer quase nada.
Poderia ser pior? Sempre pode!
Mas, também poderia ser melhor. Porque não?
Entretanto, como nem tudo é só desgraça, existe a promessa de que o funcionalismo público receba os seus vencimentos dentro do mês trabalhado. Que assim seja! Nada seria mais justo e sóbrio por parte dos que compõe o poder público municipal. Que os pais de família possam divertir-se e oferecer aos seus filhos o passeio no parque e seus absurdos R$3,00 ou 3,50 em cada rodada.
E depois?
Depois é hora de superar-se; bater o escanteio e correr pra fazer o gol; assoviar e chupar cana.
Nosso povo tem essa característica, faz do pouco muito, inventa e reinventa, supera, sorri e chora, mas de alegria. Porém, fiquem certos de uma coisa: Algumas coisas podem ser perdoadas, mas, não esquecidas.
Todavia, não posso deixar de enfatizar que estou na torcida para que tudo dê certo. Pois, o papel de torcer contra fica por contra dos abutres, esperando a oportunidade para dar o bote e saciar a sua sede de ignorância com o sacrifício do que deveria ser para o povo, pelo povo e com o povo.
Que façamos do pequeno, grande!
A festa é nossa!
É o que temos pra este fim de semana!
Saudades de outrora!
Viva São Sebastião!
Da redação – Portal Araçagi