Nesta segunda-feira (06) é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho. O exame é responsável por detectar uma série de doenças e condições congênitas que, identificadas logo no início da vida, podem fazer a diferença nos índices de mortalidade infantil e no desenvolvimento saudável da criança. Em 2022 há um motivo a mais para comemorar a data. Em maio deste ano, foi sancionada a Lei nº 14.154, que amplia de seis para aproximadamente 50 diagnósticos, porém ainda não está em vigor.

O início da história do teste do pezinho no Brasil aconteceu no ano de 1976, quando a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São Paulo resolveu trazer para o nosso país um exame chamado de Screening Neonatal. Porém, apesar de ter sido introduzido na década de 70, foi inserido no Estatuto da Criança e do Adolescente a partir de 1990.

Logo, foi necessário percorrer um longo caminho para que o teste do pezinho alcançasse o patamar de hoje. O exame apenas se tornou popular em 2001, quando o Ministério da Saúde decidiu criar o Programa Nacional de Triagem Neonatal.

De acordo com a médica pediatra do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), Dra. Laís Antunes de Lima, o Teste do Pezinho é obrigatório e deve ser realizado em todos os recém-nascidos. A coleta para o exame deve ocorrer, preferencialmente, entre o segundo e o quinto dia de vida do bebê e é realizado em unidades de saúde e maternidades de todo o país. O exame é feito através de coleta de sangue do calcanhar do bebê e levado para a análise. O resultado demora normalmente cerca de uma semana.

A médica explica que, caso o resultado demonstre a existência de alguma das doenças detectáveis, a família é contatada pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal para a realização de novos exames. O teste é coletado na rede pública, de forma gratuita desde a triagem, confirmação, diagnóstico e tratamento para uma série de condições.

Laís explica que a triagem precoce dessas doenças proporciona que o tratamento já seja iniciado, evitando assim qualquer complicação futura. A médica destaca que essas doenças identificadas através do Teste do Pezinho não possuem cura, mas sim controle, que minimiza o impacto na vida da criança. Essas patologias podem trazer retardo mental e no desenvolvimento da criança se não receber o tratamento adequado.

Fonte: UIAPURU com medicinasa

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