presoUm carroceiro do Distrito Federal foi preso neste domingo (1º) por suspeita de abusar sexualmente da filha dos 9 aos 21 anos e das netas, que supostamente também são filhas dele. Questionado na delegacia, Edilson Pereira de Castro, morador de uma invasão na Estrutural, negou os crimes.

Segundo o delegado de Proteção à Criança e ao Adolescente, Wisllei Salomão, a polícia teve conhecimento do caso em 2012 após netas do suspeito, de 56 anos, terem apresentado “comportamento sexualizado”, em um abrigo onde aguardavam adoção. Pelo menos uma neta relatou a situação de abuso, aos 6 anos. Duas crianças já foram adotadas.

Pai de 11 filhos e avô de 6 netos, o preso tem duas passagens pela Lei Maria da Penha, responde por tentativas de roubo e homicídio e já foi preso por maus tratos a animais. De acordo com a polícia, ele tem comportamento agressivo, batia nos filhos e netos e os obrigava a trabalhar desde pequenos.

“Ele praticava os atos quando estava sozinho com as vítimas, quando não tinha ninguém na casa. As crianças não souberam estabelecer as intensidades, os locais. Os abusos foram cessados só quando as crianças foram abrigadas, o que dispersou a família”, disse o delegado.

Para ele, o fato é “chocante” e raramente visto na delegacia. “O autor impunha medo aos filhos e aos netos. A filha relatou já ter sido ameaçada de morte pelo pai e disse que só não contou para a mãe os abusos que sofreu porque tinha medo de retaliações”, afirmou. “Ela só criou coragem quando soube que a filha tinha sido abusada.”

Edilson de Castro relatou ter “muita gente” querendo acusá-lo. “Meu filho quis me matar porque eu não fui visitar ele na prisão”, contou. Castro não disse a razão pelo qual um dos filhos dele está preso. Ele não quis responder se os netos são de fato filho dele.

Prisão
A prisão preventiva ocorreu em uma feira de Vicente Pires após a polícia receber informações de que o homem frequentava o local aos domingos.

Os investigadores vão pedir à Justiça autorização para realizar exames de DNA em duas netas do homem (a que teria sido abusada desde os 6 anos e outra que teria sofrido os atos desde os 4). A polícia também trabalha com a possibilidade de outras crianças da mesma família também terem sido vítimas.

Se condenado por estupro de vulnerável em ambiente familiar, ele pode pegar de 8 a 15 anos de prisão para cada vítima.

G1

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