A equipe da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esteve reunida na manhã deste sábado (21), com o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo para traçar metas de assistência à saúde aos casos de bebês nascidos com microcefalia. Os dados apontam que há dois casos confirmados na Capital.
Cartaxo determinou que os profissionais de saúde da rede pública apresentem, já na segunda-feira (23), um plano de assistência para o acompanhamento de todos os casos de bebês nascidos com microcefalia no município e para as gestantes com suspeita de terem contraído Zika vírus.
Uma das medidas adotadas será a criação de um protocolo de atendimento e de acompanhamento de gestantes que apresentem os sintomas ou que já tenham recebido, durante a ultrassonografia, a informação de que o filho apresenta microcefalia.
“Essa não é uma missão restrita à área da Saúde, mas uma missão para todos os níveis de governo, com a liderança de governadores, prefeitos e até da presidência. Tudo isso, aliada a uma participação ativa da sociedade, seja na identificação da doença, seja prevenindo focos do mosquito Aedes aegypti. Em João Pessoa, tomamos medidas preventivas e agora estamos intesificando as ações de combate ao mosquito transmissor da Zika, além de orientar a população sobre a microcefalia”, explicou Cartaxo.
A diretora da Maternidade Cândida Vargas, Ana de Lurdes, destacou que a Prefeitura está catalogando os casos. “Assim como a maternidade Frei Damião e o HU, somos referência em gestação de alto risco e por isso recebemos mães de muitos municípios paraibanos. Parte das pacientes está recebendo o diagnóstico de seus bebês apenas no momento do nascimento, porque não fizeram um pré-natal adequado nas suas cidades. Dentro dessa realidade, estamos estruturando os protocolos de acompanhamento. Entendemos que o problema é grave, mas é preciso o envolvimento de todos, inclusive da população no combate ao vetor”, destacou.
A secretária de Saúde, Aleuda Cardoso, explicou que o Município e o Estado têm que atuar de forma conjunta. “Com os exames de ultrassonografia é possível saber se o bebê poderá, ou não, ter microcefalia. Por isso, o pré-natal é fundamental. É necessário também que haja uma rede integrada de atendimento em todo o Estado, pois esses bebês vão voltar para seus municípios e precisam estar prontos para receber e cuidar dessa criança”, disse.
Prevenção – Segundo o Ministério da Saúde, este ano, 21 casos de microcefalia foram registrados na Paraíba. O Ministério estuda a relação destes casos com o Zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo responsável pela dengue. Equipes da Vigilância em Saúde da Prefeitura recolheram, só este ano, mais de 90 mil pneus. Além disso, 300 mil casas foram dedetizadas, incluindo prédios e sucatas.