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O Campinense é o legítimo campeão paraibano de 2016. Mesmo perdendo o clássico por 1 a 0 para o Botafogo, na grande final realizada nesta quarta-feira, no Estádio O Amigão, o time raposeiro levantou a taça de bicampeão, já que havia vencido o jogo da ida por 3 a 2, em João Pessoa.

O rubro-negro tinha a vantagem de jogar por um resultado igual no agregado da decisão por ter feito a melhor campanha geral no torneio.

O Clássico foi bastante disputado e também tumultuado, digno de uma decisão. O Belo marcou o gol aos 17 minutos do primeiro tempo com Danielzinho. E precisava anotar outro para ficar com o título.

Mas no segundo tempo, em que houve muita confusão e quatro expulsões, sendo duas para cada lado, a Raposa se segurou e comemorou a conquista do bi. Foram expulsos pela Raposa Fernando Pires e Danilo e pelo Bota-PB, Danielzinho e Marcelo Xavier.

O JOGO

Em uma partida que teve um primeiro tempo eletrizante, mas um segundo tempo mais conturbado do que disputado com a bola rolando, o Belo marcou com Danielzinho e impediu que a Raposa conquistasse o título de maneira invicta.

Melhor nos 90 minutos da partida, o time da capital paraibana abriu os trabalhos e criou a primeira oportunidade de perigo. Aos 5 minutos, Pedro Castro invadiu a área pela direita e chutou cruzado. Glédson teve que se esticar todo para mandar a bola para escanteio.

A resposta da Raposa veio aos 15, quando Danilo foi até a linha de fundo pela esquerda e cruzou para o meio da área, onde Raul apareceu na marca do pênalti e mandou de cabeça, mas Michel Alves defendeu.

Sem espaço para infiltrar na defesa rubro negra, Muller recebeu, aos 16 minutos, na intermediária, e chutou com muito perigo. A bola passou raspando o ângulo direito da meta do Campinense.

Mais efetivo no ataque, o Botafogo-PB abriu o placar. Aos 19 minutos, Jefferson Recife ganhou de Negretti e cruzou para Danielzinho, que bateu de primeira no contrapé do arqueiro raposeiro para marcar o primeiro gol da partida.

O Campinense sentiu o gol e não conseguia reagir. Sem querer se expor, o time pessoense também buscava evitar dar espaços ao adversário, e tentava administrar a vantagem, que não era suficiente para o título, mas que dava certa tranquilidade na partida naquele momento.

Mas quase a Raposa consegue o empate numa falha da defesa botafoguense. Sozinho dentro da área, Djavan se enrolou com a bola, que sobrou para Raul. O atacante encobriu Michel Alves, mas a pelota subiu demais e passou por cima do travessão.

Os donos da casa buscavam o empate ainda antes do intervalo, e aos 41, Adalgiso Pitbull apareceu pela primeira vez no jogo chutando da intermediária com muito perigo, mas a bola passou ao lado direito da trave do Belo.

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Foto: FPF/Divulgação

Segundo tempo

Depois do intervalo o Botafogo-PB voltou com o esquema de três zagueiros com a saída de Val para a entrada de Magno Alves. No meio, Pedro Castro saiu e deu lugar para Ângelo, fazendo João Paulo, que estava na lateral direita, retornar à sua posição de origem. As alterações não foram bem compreendidas pelo torcedor, já que o time precisava de mais um gol, e passou a atuar de forma mais defensiva.

Sem o Campinense querer se expor, a segunda etapa foi bastante amarrada, com os dois times brigando muito pela bola no meio campo, e ninguém conseguia criar oportunidades de gol. Melhor para o rubro-negro.

Mas com a partida chegando ao final, os dois times passaram a ficar nervosos e e o clima esquentou na partida. O momento de maior tensão aconteceu por volta dos 25 minutos, quando a bola saiu pela lateral na frente do banco do Campinense. Como de costume, o técnico Francisco Diá segurou a bola para retardar a cobrança. O botafoguense Ângelo foi tentar buscar a pelota e empurrou o treinador, que caiu de costas no chão. O tempo fechou, jogadores dos dois times passaram a bater boca e trocar empurrões e a PM precisou entrar no gramado.

O resultado da confusão foram quatro cartões vermelhos, dois para cada lado. Na Raposa, Fernando Pires e Danilo, e no Belo, Marcelo Xavier e Danielzinho, foram retirados da partida, assim como Diá, comandante rubro-negro.

Com muito espaço em campo, as duas equipes seguiram sem querer se expor e dar chance para o adversário marcar.

Melhor para o Campinense, que não conseguiu conquistar seu título invicto pela primeira vez, mas levantou, pela vigésima vez, a taça de campeão do Campeonato Paraibano.

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