O Cruzeiro chega ao fim da Série B em cenário com tons melancólicos. Brigando somente para permanecer na divisão de acesso, sendo o primeiro das grandes potências do futebol brasileiro a protagonizar este cenário, o clube encaminhou ter segurança de poder pensar exclusivamente no planejamento de 2021.
Com 44 pontos, o time está praticamente salvo do risco de rebaixamento, estando a oito pontos do Z-4, faltando cinco jogos para realizar. No ano passado, por exemplo, Figueirense e Oeste se salvaram com 41 pontos ao final do torneio.
Não era nem de longe o que o torcedor cruzeirense esperava no ano do centenário do clube, mas o desempenho é resultado do ano marcado por muitas mudanças na administração e sem um planejamento convicto.
A vitória por 1 a 0 sobre o Sampaio Corrêa, na última sexta-feira, com o time marcando logo no começo – e segurando o resultado em boa parte do resto – foi motivo de alívio no fim para o Cruzeiro, que poderia ficar mais ameaçado em caso de nova derrota. Vitória do empenho dos jogadores, mas sufoco fruto do nervosismo de William Pottker, expulso logo no começo do segundo tempo.
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Ao chegar aos 44 pontos, o Cruzeiro garante a permanência na Segunda Divisão, o que agora o permite se concentrar na montagem do elenco para 2021. E aí vêm os grandes desafios do clube com Luiz Felipe Scolari.
Com dificuldades financeiras, a Raposa acumula atrasos em duas folhas e meia de salário (outubro, novembro e dezembro), mais o pagamento de 13º neste momento. Falta dinheiro no caixa do Cruzeiro, mas o clube tenta contornar a situação com a venda de atletas, como é o caso do lateral Orejuela.
É a solução encontrada pelo clube para colocar a folha em dia e também poder negociar contratações, caso sobre alguma fatia da venda. Felipão quer cinco reforços para a próxima temporada, mas, se não tiver dinheiro, terá de ter muita criatividade para trazer jogadores que venham para acrescentar.
Mas não bastará isso. O Cruzeiro ainda precisa resolver a situação da punição na CNRD. Atualmente, o clube está impedido de registrar atletas por não repassar cerca de R$ 1,2 milhões ao PSTC-PR. O clube discute a situação e, ao mesmo tempo, busca um acordo.